terça-feira, 31 de maio de 2011

Santos negros no altar da fé

Quem são eles?

São Benedito

Cultuado em outros países como o Santo Mouro ou São Benedito, O Preto, o religioso, filho de escravos africanos, nasceu por volta de 1526 em San Fratello, na Sicília, Itália. Não sabia ler nem escrever e desde pequeno manifestou sua vocação para o isolamento. Sofreu inúmeras discriminações, ainda assim tornou-se conhecido por sua piedade e apego às penitências. Após os 21 anos, viveu como um eremita até ingressar na ordem franciscana. Foi para o convento de Santa Maria de Jesus, em Palermo, onde operou milagres e morreu em 1589. Seu corpo permanece exposto no convento.

Santo Antônio de Categeró

Também franciscano, recebeu o hábito na cidade de Noto, na Itália. Peregrino, era capaz de atrair fiéis durante suas caminhadas pelo deserto. Realizou votos de pobreza e morreu em 14 de março de 1549. Foi sepultado no convento de Santa Maria de Jesus, em Noto.

São Martinho de Porres

Discriminado por ser filho de um fidalgo espanhol com a mulata panamenha Ana Velasquez, São Martinho de Porres, também conhecido por São Martinho de Lima, pagou caro por ter a pele escura. Considerado filho ilegítimo por causa da questão racial, não foi aceito pela sociedade. Desprezou a nobreza, foi aprendiz de barbeiro e dedicou sua vida aos pobres. Freqüentou o seminário de Cremona, na Itália, e foi ordenado em 1869. A notícia de seus milagres correu o mundo. Foi padre da paróquia de Vicobellignano, onde morreu em 1917.

Escrava Anastácia

Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é cultuada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. A história conta que teria sido sacrificada pelo filho de um feitor. Dona de uma beleza incontestável, Anastácia não cedeu ao assédio do rapaz. Lutou, mas foi violentada sexualmente e, em represália à sua resistência, foi condenada a viver com uma máscara no rosto, retirada apenas durante as refeições. Morreu no Rio de Janeiro depois de anos de agonia. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário, mas desapareceram durante um incêndio que destruiu a igreja. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua operando milagres.

Inhá Chica

Pouco se sabe sobre a vida de Francisca de Baependi, chamada carinhosamente Inhá Chica. É cultuada na região de Minas Gerais, onde nasceuem Rio das Mortes, vilarejo próximo a São João del Rey. Segundo a crença popular, seus milagres foram realizados ainda na infância e até hoje são reverenciados por muitos fiéis e devotos fervorosos.

Fonte:Galeria de Arte Brasileira / Casa de Velas Santa

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não vamos deixar a sociedade esquecer

Vamos divulgar estes documentos ,não existem muitos mas são importantes para que as nossas crianças e adolescentes saibam que o negro era sim propriedade de outro e a que sempre buscaram a liberdade


quinta-feira, 12 de maio de 2011

13 de Maio dia dos Pretos Velhos


Vamos fazer uma prece aos pretos velhos não importa se for Vó Maria,Vó Joaquina,Pai João,Pai Joaquim vamos rezar.

Vamos lá

Louvados sejam vós que formais o santíssimo rosário da Virgem Maria.
Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em aflição.
A vós recorremos espíritos puros pelos sofrimentos, grandiosos pela humildade e bem aventurados pelo amor que irradiam, socorre-me pois encontro-me em aflição.
Concedam-me, meus bondosos pretos-velhos, a graça de (pede-se a graça que deseja alcancar) através da vossa intercessão junto a Santa Virgem Maria, santíssima mãe de Deus e de todos nós.
Dai-me meus pretos-velhos um pouco de vossa humildade, de vosso amor, e de vossa pureza de pensamentos, para que possa cumprir a minha missão na Terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade.
Louvadas sejam todas as Santas Almas Benditas. Tenham piedade de nós. Assim seja.
E que todos possam ter a humildade, serenidade e paciência para evoluir espiritualmente.Fiquem na paz do pai Oxalá

A libertação dos escravos - 13 de maio







Do Klick Educação

Rio de Janeiro, 13 de maio de 1888. Cerca de 10 mil pessoas se aglomeram em volta do Paço, o palácio do governo na capital federal. É gente do povo, da alta sociedade e autoridades que aguardam a chegada da princesa Isabel para a assinatura da lei de número 3.353, a Lei Áurea, a mais comentada e festejada de toda a história do Brasil até aquela época. Ela encerrava quase quatro séculos de escravidão de negros no Brasil. Hoje, a Lei Áurea faz parte da história. Não é mais comemorada com a mesma alegria de antigamente, nem mesmo pelos negros, os principais beneficiados. Participantes do Movimento Negro no Brasil consideram que a lei foi apenas uma conquista na área jurídica, pois obrigou o fim da escravidão. Mas não houve conquista social: os negros permaneceram marginalizados na sociedade e até hoje lutam contra o preconceito.

O 13 de Maio
Filha do imperador D. Pedro II, a princesa regente Isabel governava o país pela terceira vez, pois seu pai estava doente. No dia 13 de maio, ela chegou ao Paço quase às três horas da tarde, trajando um vestido de seda de cor pérola com rendas. O povo gritava de alegria. Instantes depois, ela assinaria a lei que dava liberdade a todos os escravos do Brasil. Da sacada do Paço, senhoras jogavam flores sobre a princesa e seu marido, o conde D'Eu, que subiam as escadas para ir ao local da cerimônia, a Sala do Trono.

Libertos, mas marginalizados
Um ano e meio mais tarde, a princesa Isabel, que seria a próxima imperatriz e a primeira mulher a governar o país, perdeu o trono com a Proclamação da República, em novembro de 1889. Os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Apesar de libertos, os negros não receberam condições de ascender socialmente e de tornarem-se cidadãos de fato. O preconceito contra eles e a escassez de oportunidades permanece ainda hoje, quando os descendentes de africanos (negros e pardos) são 45% da população brasileira (cerca de 70 milhões de pessoas).

Leis anteriores à abolição

Lei Eusébio de Queirós (1850)
Aprovada em 4 de setembro de 1850, determinou o fim do tráfico de escravos para o Brasil e determinava penas severas para os traficantes. Apesar de proibir o desembarque de negros africanos nos portos brasileiros, os últimos 200 escravos trazidos para o país desembarcaram em Pernambuco em 1855.

Lei do Ventre Livre (1871)
Aprovada em 28 de setembro de 1871, declarava libertos os filhos das escravas nascidos a partir da aprovação da lei. Quem comandou a aprovação da lei, a pedido do imperador d. Pedro II, foi o senador José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco. Por isso, a lei de número 2.040 é também conhecida como Lei Rio Branco. Os defensores da Lei do Ventre Livre afirmavam que ela, junto com a proibição do tráfico negreiro, garantia que a escravidão no Brasil fosse extinta aos poucos. Os donos de escravos, por sua vez, temiam ficar sem mão-de-obra para trabalhar em suas plantações. Eles acusavam o governo de querer provocar uma crise econômica ao decretar essa lei. A Lei do Ventre Livre, porém, teve pouco efeito prático: dava liberdade aos filhos de escravos, mas os mantinha sob a tutela dos donos das mães até os 8 anos ou até completarem 21 anos.

Para saber mais
A História dos Escravos, de Isabel Lustosa, Companhia das Letrinhas, São Paulo, 1998.
Reinventando a Liberdade: a Abolição da Escravatura no Brasil, de Antônio Torres Montenegro, Ed. Atual, São Paulo, 1989.
Zumbi, de Joel Rufino dos Santos, Ed. Moderna, São Paulo, 1995.

Lei dos Sexagenários (1885)
Lei de número 3.270, aprovada coincidentemente em 28 de setembro e também chamada Lei Saraiva-Cotegipe, libertava os escravos com mais de 65 anos. Esta lei também não ajudou quase nada, pois poucos escravos conseguiam viver mais de 40 anos: trabalhavam demais, comiam pouco e as senzalas não lhes davam nenhum conforto. Além disso, a maioria dos escravos vestia trapos, não tinha roupas quentes para se proteger no inverno e quando ficavam doentes, continuavam trabalhando e não contavam com nenhum
cuidado especial.


Glossário
Pelourinho: coluna de pedra ou de madeira em que eram amarrados escravos e criminosos para castigo público, como chicotadas.
Pau-de-arara: trave de madeira horizontal em que os negros eram amarrados pelas mãos e pelas pernas, ficando suspensos no ar.

A Lei Áurea
O original da Lei Áurea e seu texto

“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º – É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário.”

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* O que disseram os jornais

Veja como a imprensa da antiga capital federal, o Rio de Janeiro, noticiou a assinatura da Lei Áurea e a reação da população:
"Está extinta a escravidão no Brasil. Desde ontem, 13 de maio de 1888, entramos para a comunhão dos povos livres. Está apagada a nódoa da nossa pátria. Já não fazemos exceção no mundo."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"Em todos os pontos do império repercutiu agradavelmente a notícia da promulgação e sanção da lei que extingüiu no Brasil a escravidão. Durante a tarde e a noite de ontem fomos obsequiados com telegramas de congratulações em número avultado e é com prazer que publicamos todas essas felicitações, que exprimem o júbilo nacional pela áurea lei que destruiu os velhos moldes da sociedade brasileira e passou a ser a página mais gloriosa da legislação pátria."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"O povo que se aglomerava em frente ao Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos 'vivas'."
Gazeta da Tarde, 15 de maio de 1888
"Continuaram ontem os festejos em regozijo pela passagem da Lei Áurea da extinção da escravidão. A rua do Ouvidor esteve cheia de povo todo o dia e durante uma grande parte da noite, sendo quase impossível transitar-se por esta rua. Passaram [...] os estudantes da Escola Politécnica, os empregados da câmara municipal e o Club Abrahão Lincoln, composto de empregados da estrada de ferro D. Pedro II, todos acompanhados de bandas de música."
O Paiz, 15 de maio de 1888
"Geral o contentamento, enfim, transbordando da grande alma popular, que andava cantando a epopéia homérica da redenção."
Cidade do Rio, 18 de maio de 1888

Leiam com atenção


Diário Liberdade - O “estupro corretivo”, uma prática horrenda de estuprar lésbicas para “curar” a sua sexualidade, se tornou uma crise na África do Sul, especialmente nas cidades.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

A maioria das vítimas são torturadas, severamente atacadas e as vezes assassinadas! Elas ainda ficam expostas ao HIV/AIDS por causa do ataque e muitas cometem suicídio como resultado do "estupro corretivo".

O governo da África do Sul e o sistema judiciário falham com as vítimas do Estupro Corretivo ao permitirem que os estupradores recebam penas ridiculamente baixas e ao demorarem literalmente anos para concluírem os julgamentos. Durante esse tempo as vítimas são obrigadas a viver, ver e sofrer ameaças dos seus estupradores todos os dias, assim como aqueles que ajudam as vítimas!

Nos últimos 10 anos:
* 31 lésbicas foram assassinadas por causa de sua sexualidade [na África do Sul];
* mais de 10 lésbicas são estupradas por semana somente em Cape Town;
* 150 mulheres são estupradas todos os dias na África do Sul;
* de 25 homens acusados de estupro na África do Sul, 24 saem livres de punição.

A despeito disso tudo, crimes de ódio baseados na orientação sexual não são reconhecidos pela lei da África do Sul!

Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada e estuprada repetidamente durante um ataque no ano passado. Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140.000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.
Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir: criaram um acampanha para demandar que o Presidente Zuma e o Ministro da Justiça condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizem crimes de preconceito e liderem uma guinada crucial contra o estupro e homofobia no país (302,211 pessoas já assinaram a petição):

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl.

Trata-se de uma batalha contra a pobreza, o machismo e a homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

No Brasil estão-se a coletar provas da existência de comunidades que defendem esta prática.

Esta matéria foi retirado do Jornal Diário Liberdade

quinta-feira, 5 de maio de 2011


Caça-Palavras Afro-Brasileiras





ABARÉ – Médium já desenvolvido. Sacerdote de qualquer religião.
ABOEJU – Vodum jovem, masculino, de linha jeje, cultuado no MA.
AMORÔ – Cargo da primeira sacerdotisa ou primeira samba em candomblés de influência angola-conquense.
ANDERÉ – Comida votiva de Nanã. É um vatapá de feijão fradinho.
COROA – Conjunto de orixás e entidades de um médium, santos que ele “recebe e que o protegem. Quando são poderosos e incomuns, diz-se que o médium tem uma “coroa bonita”.
FILHO DE FÉ – designação de adepto da Umbanda.
GARRAFADA – Remédio à base de ervas maceradas em aguardente, preparado por curandeiros, aceitado para qualquer doença. Outrora, muitas vezes com ervas venenosas, era ministrado, mediante boa paga, a desafetos do pagador.
INHAME – Planta dioscorídia, cujo tubérculo é comestível, mais comumente como farinha. É abundante em regiões tropicais. Entre os iorubá, são consagrados a Oxaguiã, o orixá dos inhames novos, e aos espíritos ancestrais.
OLHO DE BOI – Arbusto trepador leguminoso. Segundo outros é a semente da palmeira brasileira tocumã, da qual há várias espécies. A fava é usada como amuleto e em muitos “trabalhos” de terreiro.
PANDOMÉ – Peji, altar dos voduns, em candomblé jeje.
PIAU – Frango preto para ser empregado em feitiços.
QUARTINHAS – Vasilhas de barro, de determinada forma, onde são colocados, no peji, os líquidos para os orixás ou para as entidades. Algumas de tamanho grande, contém os “assentamentos” de orixás e, por vezes, são cobertas com as roupas dos mesmos.
RUNJEFE – Colar de contas vermelhas e contas redondas ou cilíndricas de coral. É usada pela filha de santo, somente após sete anos de “feita”, em candomblés jeje e, na Umbanda, após um ano.
SARAPEBÉ – O mesmo que cambono, pessoa do terreiro encarregada de tratar da alimentação dos Eguns.
UMBAÚBA – Planta de Iansã. A ela se atribui a propriedade de afugentar espíritos obsessores e proteger contra más influências espirituais.

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