segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Primeira presidente negra do mundo


Biografia: Ellen Johnson-Sirleaf, da Libéria "Dama de Ferro"
Por Alistair Boddy-Evans , About.com Guia
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• biografia do líder africano
• Ellen Johnson-Sirleaf
• independência da Libéria
Imagem © Claire Soares / IRIN
Data de nascimento: 29 de outubro de 1938, Monrovia, Libéria.
Ellen Johnson nasceu em Monróvia, capital da Libéria, entre os descendentes dos colonos originais da Libéria (ex-Africano escravos da América, que prontamente à chegada começou a escravizar o povo indígena que usava o sistema social de seus antigos mestres americanos como base para sua nova sociedade). Estes descendentes são conhecidos na Libéria comoAmérico-liberianos.
Causas do conflito civil da Libéria
As desigualdades sociais entre indígenas e os liberianos Américo-liberianos levou a maior parte da luta política e social no país, como liderança saltou entre ditadores representando grupos opostos (Samuel Doe substituindo William Tolbert, Charles Taylor substituindo Samuel Doe). Ellen Johnson-Sirleaf rejeita a sugestão de que ela é um dos elite: "Se existe uma classe, tem sido destruída ao longo dos últimos anos de casamentos e integração social."
Ganhando uma Educação
De 1948-55 Ellen Johnson estudou contabilidade e economia na Faculdade de África Ocidental, em Monróvia. Após o casamento com a idade de 17 a James Sirleaf, ela viajou para a América (em 1961) e continuou seus estudos, alcançando um grau da Universidade de Colorado. De 1969-71 leu Economia em Harvard, ganhando um mestrado em administração pública. Ellen Johnson-Sirleaf, em seguida, voltou à Libéria e começou a trabalhar no governo de William Tolbert (True Whig Party).
A Iniciar em Política
Ellen Johnson-Sirleaf serviu como Ministro das Finanças 1972-73, mas saiu depois de um desacordo sobre os gastos públicos. Como a 70 progrediu, a vida sob o Estado da Libéria, um partido, tornou-se mais polarizada - para o benefício da elite Américo-liberiano. Em 12 de abril de 1980 o sargento Samuel Doe Kayon, um membro do grupo étnico indígena Krahn, tomou o poder em um golpe militar e Presidente William Tolbert foi executado junto com vários membros de seu gabinete por um pelotão de fuzilamento.
Vida sob Samuel Doe
Com o Conselho do Povo Redenção agora no poder, Samuel Doe começou um expurgo do governo. Ellen Johnson-Sirleaf escapou por pouco - escolhendo o exílio no Quênia. De 1983-85 atuou como diretor do Citibank, em Nairobi, mas quando Samuel Doe declarou-se presidente da República em 1984 e banido os partidos políticos, ela decidiu voltar. Durante eleições de 1985 Ellen Johnson-Sirleaf campanha contra Doe, e foi colocado sob prisão domiciliar.
A vida de um economista no Exílio
Condenado a dez anos de prisão, Ellen Johnson-Sirleaf passou pouco tempo preso, antes de serem autorizados a deixar o país mais uma vez como um exilado. Durante a década de 1980 atuou como Vice-Presidente de ambos o Escritório Regional Africano da Citibank, em Nairobi, e de (HSCB) Equator Bank, em Washington. Voltar na Libéria agitação civil eclodiu mais uma vez. Em 09 de setembro de 1990, Samuel Doe foi morto por um grupo dissidente da Frente Nacional Patriótica de Charles Taylor da Libéria.
Um Novo Regime
De 1992-97 Ellen Johnson-Sirleaf trabalhou como administrador adjunto, e, em seguida, Diretor, da Secretaria do Programa de Desenvolvimento Regional das Nações Unidas para África (essencialmente um Subsecretário-Geral das Nações Unidas). Enquanto isso, na Libéria, um governo interino foi colocado no poder, liderado por uma sucessão de quatro não-eleitos (o último dos quais, Ruth Perry Sando, foi o primeiro líder da África do feminino).Em 1996 a presença de forças de paz Oeste Africano criou uma trégua na guerra civil, e eleições foram realizadas.
A primeira tentativa da Presidência
Ellen Johnson-Sirleaf voltou à Libéria em 1997 para disputar a eleição. Ela ficou em segundo lugar a Charles Taylor (ganhando 10% dos votos em relação ao seu 75%) fora de um campo de 14 candidatos. A eleição foi declarada livre e justa por observadores internacionais. (Johnson-Sirleaf campanha contra Taylor e foi acusado de traição.) Em 1999 a guerra civil havia retornado para a Libéria, e Taylor foi acusado de interferir com seus vizinhos, fomentando a agitação ea rebelião.
Uma Nova Esperança da Libéria
Em 11 de agosto de 2003, depois de muita persuasão, Charles Taylor entregou o poder ao longo de seu vice Moses Blah. O novo governo interino e os grupos rebeldes assinaram um histórico acordo de paz e definir sobre a instalação de um novo chefe de Estado. Ellen Johnson-Sirleaf foi proposto como um possível candidato, mas no final os diversos grupos selecionados Charles Gyude Bryant, uma política neutra. Johnson-Sirleaf serviu como chefe da Comissão de Reforma da Governação.
Eleição da Libéria 2005
Ellen Johnson-Sirleaf desempenhou um papel ativo no governo de transição como o país preparado para as eleições de 2005 e, finalmente, ficou para o presidente contra o seu rival o futebolista ex-internacional, George Weah Manneh. Apesar de as eleições serem chamados justa e ordenada, Weah repudiou o resultado, que deu uma maioria para Johnson-Sirleaf, eo anúncio do novo presidente da Libéria foi adiado, enquanto se aguarda uma investigação. Em 23 de novembro de 2005, Ellen Johnson-Sirleaf foi declarado vencedor das eleições na Libéria e confirmado como próximo presidente do país. Sua inauguração, que contou com os gostos dos EUA a primeira-dama Laura Bush ea secretária de Estado Condoleezza Rice, teve lugar na segunda-feira 16 janeiro de 2006.

Ellen Johnson-Sirleaf, a mãe divorciada de quatro meninos e avó de seis crianças é eleito presidente da Libéria, primeira mulher, bem como o líder eleito a primeira mulher no continente.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte na turma de J A

Faixa etaria
Turma do J A
Tema
Festa junina

Trabalhar as formas geometricas e cores a partir da confecção de materiais para festa de São João utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, a partir de seu próprio repertório a partir do:ponto, linha, forma, cor, espaço, textura

O que pretendo:

Explora as possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico na educação infantil.

E que a criança possa organizar e cuidar dos materiais e do espaço físico da sala.
respeitando e cuidando dos objetos produzidos individualmente e em grupo.

Incentivar nos alunos o gosto pelas festas juninas, oferecendo-lhes oportunidade de descontração, socialização e ampliação de seu conhecimento através de atividades diversificadas, brincadeiras, pesquisa e apresentações características à festa junina.

Como fazer

Confecção de diversas fogueiras;
- Pintura e recorte de uma caipira de tranças
- Sessão cinema com pipocas- Filme Chico Bento;
- Retomada do filme na rodinha e desenhos sobre o mesmo;
- Pintura desenho e recorte de um boneco grande;
- Montagem do boneco grande;
- Confecção das bandeirinhas
- Confecção de balões para ornamentar a festa;
- Pescaria das cores;
- Desfile caracterizado de caipira entre duas turmas;
- Festa Junina

Fiz com minha turma e foi muito legal

terça-feira, 7 de junho de 2011

Na hora do conto

Bruna e a Galinha D’angola


Gercilda de Almeida

Bruna era uma menina que se sentia muito sozinha. Sua avó veio da África e sempre lhe contava histórias. Uma que ela gostava muito era a do panô da galinha que sua avó trouxera da África. “Conta a lenda de uma aldeia africana que Ósún era uma menina que se sentia só e para lhe fazer companhia resolveu criar o que ela chamava de " o seu povo”. Foi assim que surgiu Conquém, a galinha d’Angola.Bruna então pediu a seu tio que era um bom oleiro, que lhe ensinasse a trabalhar com barro. Bruna então modelou na argila a galinha d’Angola e passou a brincar com ela.No dia de seu aniversário, sua avó lhe deu uma galinha d’Angola de verdade que andava e gritava:_ Conquém! Conquém!As outras crianças da aldeia que não brincavam com Bruna foram se aproximando dela e pedindo para brincar com a Conquém, aí Bruna arranjou muitas amigas e fizeram muitas galinhas de barro iguais a Conquém.Um dia as crianças acharam no baú da avó de Bruna um panô que contava a lenda africana dos animais que ajudaram a Conquém na criação do mundo e de seu povo. Conquém espalhou as sementes na terra, o lagarto desceu para ver se a terra era firma e o pombo foi avisar aos outros animais que podiam vir povoar aquele lugar.Bruna e suas amigas ficaram muito conhecidas, porque todos da aldeia se juntavam para ouvirem a história do panô.Sua avó resolveu ensinar as meninas a pintarem tecidos, como os que ela fazia na África, isso fez com que a aldeia ficasse conhecida.Foi assim que todas as pessoas da aldeia de Bruna decidiram torná-la mais bonita e pintaram suas casas com as cores dos panôs da galinha d’Angola.Um dia a Conquém sumiu e todas as meninas saíram a sua procura chamando:_ Conquém, onde você está?Com quem nós vamos brincar?Tanto procuraram que a acharam escondida no mato. As meninas encontraram um ninho com um belo ovo que ela protegia e chocava.Tempos depois, cada menina da aldeia tinha sua galinha d’Angola e até hoje o povo daquela aldeia conta a história de Bruna e da galinha d’Angola para aqueles que compram os belos tecidos pintados pelas meninas.

*Como recursos podemos utilizar aqueles bonequinhos étnicos guardados lá no fundo da caixa ou confecciona-los com as crianças.Eles irão adorar
Ser Negro

Gutto

P'ra quem não sabia e pretende saber
Ser negro não é ser bom no futebol
Nem saber correr
Não é cantar no coro e gostar de qualquer mulher
Não é ser preguiçoso e só querer beber

São séculos de luta contra a mentalização
Lavagens cerebrais e constantes exploração
É nascer em Africa e Africa não conhecer
É desde novo ouvir que africanos estão a morrer
É crescer mal vestido e mal alimentado
É ouvir histórias do passado e sentir-se revoltado

É o seu melhor amigo ser branco e os pais não concordarem
É ver os seus pais chorarem por não aguentarem
A frustração de não conseguirem um emprego melhor
A ilusão de ver o seu filho formar-se e ser doutor
É não ter para a comida quanto mais para as propinas
É fazer grandes festas de Natal com prendas pequeninas

P'ra quem não sabia e pretende perceber
Deixa faze-los entender que ser negro é ser assim
É esforçar-se o dobro para ter a mesmas oportunidade
É ver a vida da rua como uma necessidade
É não ter dinheiro para ir para a faculdade
É ser ensinado que não se tem capacidade

Ser negro é ser esperto mas não ser inteligente
É levar de todos os lados mas mesmo assim seguir em frente
É trocar o seu orgulho pela sobrevivência
Para não ter o destino dos índios á beira da inexistência
É ter trabalho nas obras McDonald's e pouco mais
No fundo é sermos homens mas tratados como animais
É ser o boto expiatório de todas a frustrações
É ser o mau da fita em todas as televisões
É ser o contrario de puro e de bom ou de imaculado

É sermos livres sem nunca ser alforriados
É ter a casa de madeira em vez de ser de palha
É chegar a conclusão que o gueto e só mais uma sanzala
Ser negro é ser o bandido, coitado, esfomeado
É ser importado, explorado e depois extraditado
É fugir da sua pátria porque esta está em guerra
É todos os dias ouvir "Preto vai p'ra tua terra"
É ter o diploma mas não ter o perfil adequado
É ir a entrevista de emprego mas o lugar já esta ocupado
É entrar numa loja e ser olhado de lado
É ser catalogado e estereotipado

Mas apesar de tudo isto
Ser negro é ser sobrevivente
Saber viver a vida, saber ser diferente
É ter música no corpo e alegria na alma
Voltar as suas raízes quando a natureza chama

Ser ou não ser eis a questão
Ser negro é ser no corpo mas também no coração
É ser contente e sofredor sempre até ao fim
E para quem não sabia ser negro e ser assim
Não é ser perfeito, não é ser mau ou leviano
A verdade é que ser negro é ser apenas um ser humano

Se não sabias ficas a saber
Ser negro é ser assim
Sol brilha p'ra toda gente
P'ra toda gente
O sol brilha para toda gente
Tu sabes muito bem que ser negro é ser assim


Como podemos trabalhar estes versos com nossos alunos

*Cultura
*Relações de trabalho/poder
*Genêro/Etnia
*Indiferença
*Racismo/Auto estima
*Empoderamento
Aceito mais sugestões

Bom trabalho

terça-feira, 31 de maio de 2011

Santos negros no altar da fé

Quem são eles?

São Benedito

Cultuado em outros países como o Santo Mouro ou São Benedito, O Preto, o religioso, filho de escravos africanos, nasceu por volta de 1526 em San Fratello, na Sicília, Itália. Não sabia ler nem escrever e desde pequeno manifestou sua vocação para o isolamento. Sofreu inúmeras discriminações, ainda assim tornou-se conhecido por sua piedade e apego às penitências. Após os 21 anos, viveu como um eremita até ingressar na ordem franciscana. Foi para o convento de Santa Maria de Jesus, em Palermo, onde operou milagres e morreu em 1589. Seu corpo permanece exposto no convento.

Santo Antônio de Categeró

Também franciscano, recebeu o hábito na cidade de Noto, na Itália. Peregrino, era capaz de atrair fiéis durante suas caminhadas pelo deserto. Realizou votos de pobreza e morreu em 14 de março de 1549. Foi sepultado no convento de Santa Maria de Jesus, em Noto.

São Martinho de Porres

Discriminado por ser filho de um fidalgo espanhol com a mulata panamenha Ana Velasquez, São Martinho de Porres, também conhecido por São Martinho de Lima, pagou caro por ter a pele escura. Considerado filho ilegítimo por causa da questão racial, não foi aceito pela sociedade. Desprezou a nobreza, foi aprendiz de barbeiro e dedicou sua vida aos pobres. Freqüentou o seminário de Cremona, na Itália, e foi ordenado em 1869. A notícia de seus milagres correu o mundo. Foi padre da paróquia de Vicobellignano, onde morreu em 1917.

Escrava Anastácia

Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é cultuada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. A história conta que teria sido sacrificada pelo filho de um feitor. Dona de uma beleza incontestável, Anastácia não cedeu ao assédio do rapaz. Lutou, mas foi violentada sexualmente e, em represália à sua resistência, foi condenada a viver com uma máscara no rosto, retirada apenas durante as refeições. Morreu no Rio de Janeiro depois de anos de agonia. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário, mas desapareceram durante um incêndio que destruiu a igreja. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua operando milagres.

Inhá Chica

Pouco se sabe sobre a vida de Francisca de Baependi, chamada carinhosamente Inhá Chica. É cultuada na região de Minas Gerais, onde nasceuem Rio das Mortes, vilarejo próximo a São João del Rey. Segundo a crença popular, seus milagres foram realizados ainda na infância e até hoje são reverenciados por muitos fiéis e devotos fervorosos.

Fonte:Galeria de Arte Brasileira / Casa de Velas Santa

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não vamos deixar a sociedade esquecer

Vamos divulgar estes documentos ,não existem muitos mas são importantes para que as nossas crianças e adolescentes saibam que o negro era sim propriedade de outro e a que sempre buscaram a liberdade


quinta-feira, 12 de maio de 2011

13 de Maio dia dos Pretos Velhos


Vamos fazer uma prece aos pretos velhos não importa se for Vó Maria,Vó Joaquina,Pai João,Pai Joaquim vamos rezar.

Vamos lá

Louvados sejam vós que formais o santíssimo rosário da Virgem Maria.
Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em aflição.
A vós recorremos espíritos puros pelos sofrimentos, grandiosos pela humildade e bem aventurados pelo amor que irradiam, socorre-me pois encontro-me em aflição.
Concedam-me, meus bondosos pretos-velhos, a graça de (pede-se a graça que deseja alcancar) através da vossa intercessão junto a Santa Virgem Maria, santíssima mãe de Deus e de todos nós.
Dai-me meus pretos-velhos um pouco de vossa humildade, de vosso amor, e de vossa pureza de pensamentos, para que possa cumprir a minha missão na Terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade.
Louvadas sejam todas as Santas Almas Benditas. Tenham piedade de nós. Assim seja.
E que todos possam ter a humildade, serenidade e paciência para evoluir espiritualmente.Fiquem na paz do pai Oxalá

A libertação dos escravos - 13 de maio







Do Klick Educação

Rio de Janeiro, 13 de maio de 1888. Cerca de 10 mil pessoas se aglomeram em volta do Paço, o palácio do governo na capital federal. É gente do povo, da alta sociedade e autoridades que aguardam a chegada da princesa Isabel para a assinatura da lei de número 3.353, a Lei Áurea, a mais comentada e festejada de toda a história do Brasil até aquela época. Ela encerrava quase quatro séculos de escravidão de negros no Brasil. Hoje, a Lei Áurea faz parte da história. Não é mais comemorada com a mesma alegria de antigamente, nem mesmo pelos negros, os principais beneficiados. Participantes do Movimento Negro no Brasil consideram que a lei foi apenas uma conquista na área jurídica, pois obrigou o fim da escravidão. Mas não houve conquista social: os negros permaneceram marginalizados na sociedade e até hoje lutam contra o preconceito.

O 13 de Maio
Filha do imperador D. Pedro II, a princesa regente Isabel governava o país pela terceira vez, pois seu pai estava doente. No dia 13 de maio, ela chegou ao Paço quase às três horas da tarde, trajando um vestido de seda de cor pérola com rendas. O povo gritava de alegria. Instantes depois, ela assinaria a lei que dava liberdade a todos os escravos do Brasil. Da sacada do Paço, senhoras jogavam flores sobre a princesa e seu marido, o conde D'Eu, que subiam as escadas para ir ao local da cerimônia, a Sala do Trono.

Libertos, mas marginalizados
Um ano e meio mais tarde, a princesa Isabel, que seria a próxima imperatriz e a primeira mulher a governar o país, perdeu o trono com a Proclamação da República, em novembro de 1889. Os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Apesar de libertos, os negros não receberam condições de ascender socialmente e de tornarem-se cidadãos de fato. O preconceito contra eles e a escassez de oportunidades permanece ainda hoje, quando os descendentes de africanos (negros e pardos) são 45% da população brasileira (cerca de 70 milhões de pessoas).

Leis anteriores à abolição

Lei Eusébio de Queirós (1850)
Aprovada em 4 de setembro de 1850, determinou o fim do tráfico de escravos para o Brasil e determinava penas severas para os traficantes. Apesar de proibir o desembarque de negros africanos nos portos brasileiros, os últimos 200 escravos trazidos para o país desembarcaram em Pernambuco em 1855.

Lei do Ventre Livre (1871)
Aprovada em 28 de setembro de 1871, declarava libertos os filhos das escravas nascidos a partir da aprovação da lei. Quem comandou a aprovação da lei, a pedido do imperador d. Pedro II, foi o senador José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco. Por isso, a lei de número 2.040 é também conhecida como Lei Rio Branco. Os defensores da Lei do Ventre Livre afirmavam que ela, junto com a proibição do tráfico negreiro, garantia que a escravidão no Brasil fosse extinta aos poucos. Os donos de escravos, por sua vez, temiam ficar sem mão-de-obra para trabalhar em suas plantações. Eles acusavam o governo de querer provocar uma crise econômica ao decretar essa lei. A Lei do Ventre Livre, porém, teve pouco efeito prático: dava liberdade aos filhos de escravos, mas os mantinha sob a tutela dos donos das mães até os 8 anos ou até completarem 21 anos.

Para saber mais
A História dos Escravos, de Isabel Lustosa, Companhia das Letrinhas, São Paulo, 1998.
Reinventando a Liberdade: a Abolição da Escravatura no Brasil, de Antônio Torres Montenegro, Ed. Atual, São Paulo, 1989.
Zumbi, de Joel Rufino dos Santos, Ed. Moderna, São Paulo, 1995.

Lei dos Sexagenários (1885)
Lei de número 3.270, aprovada coincidentemente em 28 de setembro e também chamada Lei Saraiva-Cotegipe, libertava os escravos com mais de 65 anos. Esta lei também não ajudou quase nada, pois poucos escravos conseguiam viver mais de 40 anos: trabalhavam demais, comiam pouco e as senzalas não lhes davam nenhum conforto. Além disso, a maioria dos escravos vestia trapos, não tinha roupas quentes para se proteger no inverno e quando ficavam doentes, continuavam trabalhando e não contavam com nenhum
cuidado especial.


Glossário
Pelourinho: coluna de pedra ou de madeira em que eram amarrados escravos e criminosos para castigo público, como chicotadas.
Pau-de-arara: trave de madeira horizontal em que os negros eram amarrados pelas mãos e pelas pernas, ficando suspensos no ar.

A Lei Áurea
O original da Lei Áurea e seu texto

“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º – É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário.”

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* O que disseram os jornais

Veja como a imprensa da antiga capital federal, o Rio de Janeiro, noticiou a assinatura da Lei Áurea e a reação da população:
"Está extinta a escravidão no Brasil. Desde ontem, 13 de maio de 1888, entramos para a comunhão dos povos livres. Está apagada a nódoa da nossa pátria. Já não fazemos exceção no mundo."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"Em todos os pontos do império repercutiu agradavelmente a notícia da promulgação e sanção da lei que extingüiu no Brasil a escravidão. Durante a tarde e a noite de ontem fomos obsequiados com telegramas de congratulações em número avultado e é com prazer que publicamos todas essas felicitações, que exprimem o júbilo nacional pela áurea lei que destruiu os velhos moldes da sociedade brasileira e passou a ser a página mais gloriosa da legislação pátria."
O Paiz, 14 de maio de 1888
"O povo que se aglomerava em frente ao Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos 'vivas'."
Gazeta da Tarde, 15 de maio de 1888
"Continuaram ontem os festejos em regozijo pela passagem da Lei Áurea da extinção da escravidão. A rua do Ouvidor esteve cheia de povo todo o dia e durante uma grande parte da noite, sendo quase impossível transitar-se por esta rua. Passaram [...] os estudantes da Escola Politécnica, os empregados da câmara municipal e o Club Abrahão Lincoln, composto de empregados da estrada de ferro D. Pedro II, todos acompanhados de bandas de música."
O Paiz, 15 de maio de 1888
"Geral o contentamento, enfim, transbordando da grande alma popular, que andava cantando a epopéia homérica da redenção."
Cidade do Rio, 18 de maio de 1888

Leiam com atenção


Diário Liberdade - O “estupro corretivo”, uma prática horrenda de estuprar lésbicas para “curar” a sua sexualidade, se tornou uma crise na África do Sul, especialmente nas cidades.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

A maioria das vítimas são torturadas, severamente atacadas e as vezes assassinadas! Elas ainda ficam expostas ao HIV/AIDS por causa do ataque e muitas cometem suicídio como resultado do "estupro corretivo".

O governo da África do Sul e o sistema judiciário falham com as vítimas do Estupro Corretivo ao permitirem que os estupradores recebam penas ridiculamente baixas e ao demorarem literalmente anos para concluírem os julgamentos. Durante esse tempo as vítimas são obrigadas a viver, ver e sofrer ameaças dos seus estupradores todos os dias, assim como aqueles que ajudam as vítimas!

Nos últimos 10 anos:
* 31 lésbicas foram assassinadas por causa de sua sexualidade [na África do Sul];
* mais de 10 lésbicas são estupradas por semana somente em Cape Town;
* 150 mulheres são estupradas todos os dias na África do Sul;
* de 25 homens acusados de estupro na África do Sul, 24 saem livres de punição.

A despeito disso tudo, crimes de ódio baseados na orientação sexual não são reconhecidos pela lei da África do Sul!

Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada e estuprada repetidamente durante um ataque no ano passado. Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140.000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.
Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir: criaram um acampanha para demandar que o Presidente Zuma e o Ministro da Justiça condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizem crimes de preconceito e liderem uma guinada crucial contra o estupro e homofobia no país (302,211 pessoas já assinaram a petição):

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl.

Trata-se de uma batalha contra a pobreza, o machismo e a homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

No Brasil estão-se a coletar provas da existência de comunidades que defendem esta prática.

Esta matéria foi retirado do Jornal Diário Liberdade

quinta-feira, 5 de maio de 2011


Caça-Palavras Afro-Brasileiras





ABARÉ – Médium já desenvolvido. Sacerdote de qualquer religião.
ABOEJU – Vodum jovem, masculino, de linha jeje, cultuado no MA.
AMORÔ – Cargo da primeira sacerdotisa ou primeira samba em candomblés de influência angola-conquense.
ANDERÉ – Comida votiva de Nanã. É um vatapá de feijão fradinho.
COROA – Conjunto de orixás e entidades de um médium, santos que ele “recebe e que o protegem. Quando são poderosos e incomuns, diz-se que o médium tem uma “coroa bonita”.
FILHO DE FÉ – designação de adepto da Umbanda.
GARRAFADA – Remédio à base de ervas maceradas em aguardente, preparado por curandeiros, aceitado para qualquer doença. Outrora, muitas vezes com ervas venenosas, era ministrado, mediante boa paga, a desafetos do pagador.
INHAME – Planta dioscorídia, cujo tubérculo é comestível, mais comumente como farinha. É abundante em regiões tropicais. Entre os iorubá, são consagrados a Oxaguiã, o orixá dos inhames novos, e aos espíritos ancestrais.
OLHO DE BOI – Arbusto trepador leguminoso. Segundo outros é a semente da palmeira brasileira tocumã, da qual há várias espécies. A fava é usada como amuleto e em muitos “trabalhos” de terreiro.
PANDOMÉ – Peji, altar dos voduns, em candomblé jeje.
PIAU – Frango preto para ser empregado em feitiços.
QUARTINHAS – Vasilhas de barro, de determinada forma, onde são colocados, no peji, os líquidos para os orixás ou para as entidades. Algumas de tamanho grande, contém os “assentamentos” de orixás e, por vezes, são cobertas com as roupas dos mesmos.
RUNJEFE – Colar de contas vermelhas e contas redondas ou cilíndricas de coral. É usada pela filha de santo, somente após sete anos de “feita”, em candomblés jeje e, na Umbanda, após um ano.
SARAPEBÉ – O mesmo que cambono, pessoa do terreiro encarregada de tratar da alimentação dos Eguns.
UMBAÚBA – Planta de Iansã. A ela se atribui a propriedade de afugentar espíritos obsessores e proteger contra más influências espirituais.

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