sábado, 12 de novembro de 2011

historia do Brasil

PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA

15 DE NOVEMBRO DE 1889

Concidadãos!

O Povo, o Exército e a Armada Nacional, em perfeita comunhão de sentimentos com os nossos concidadãos residentes nas províncias, acabam de decretar a deposição da dinastia imperial e conseqüentemente a extinção do sistema monárquico representativo.

Como resultado imediato desta revolução nacional, de caráter essencialmente patriótico, acaba de ser instituído um Govêrno Provisório, cuja principal missão é garantir com a ordem pública a liberdade e o direito do cidadão.

Para comporem êste Govêrno, enquanto a Nação Soberana, pelos seus orgãos competentes, não proceder a escolha do Govêrno definitivo, foram nomeados pelo Chefe do Poder Executivo os cidadãos abaixo assinados.


Concidadãos!

O Govêrno Provisório, simples agente temporário da soberania nacional, é o Govêrno da paz, da fraternidade e da ordem.

No uso das atribuições e faculdades extraordinárias de que se acha investido, para a defesa da integridade da Pátria e da ordem pública, o Govêrno Provisório, por todos os meios ao seu alcance, promete e garante a todos os habitantes do Brasil, nacionais e estrangeiros, a segurança da vida e da propriedade, o respeito aos direitos individuais e políticos, salvas, quanto a êstes, as limitações exigidas pelo bem da Pátria e pela legítima defesa do Govêrno proclamada pelo Povo, pelo Exército e pela Armada Nacional.

Concidadãos!

As funções da justiça ordinária, bem como as funções da administração civil e militar, continuarão a ser exercidas pelos órgãos até aqui existentes, com relação às pessoas, respeitadas as vantagens e os direitos adquiridos por cada funcionário.

Fica, porém, abolida, desde já a vitaliciedade do Senado e bem assim o Conselho do Estado.

Fica dissolvida a Câmara dos Deputados.

Concidadãos!

O Govêrno Provisório reconhece e acata os compromissos nacionais contraídos durante o regime anterior, os tratados subsistentes com as potências estrangeira, a dívida pública externa e interna, contratos vigentes e mais obrigações legalmente estatuídas.

Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Govêrno Provisório.


Aristides da Silveira Lôbo, Ministro do Interior.
Tenente-Coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Ministro da Guerra..
Chefe de Esquadra Eduardo Wandenkolk, Ministro da Marinha.
Quintino Bocaiúva, Ministro das Relações Exteriores e Interinamente da Agricultura, Comércio de Obras Públicas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Poemas de Ingoma"

Lucas Carrasco*
1.
No tempo dos avós dos seus avós
tinha outras diversões pra meninada
Os negros que vieram dos escravos
criaram o Batuque de Umbigada
Um tambú, um quinjengue e uma matraca
repicam a quizomba no terreiro
O cantador de modas contra-ataca
e risca um verso à dor do batuqueiro
Tietê, Capivari, Piracicaba
Rio Claro, Itu, Campinas, Sorocaba
Por pouco esse Batuque não acaba...
Com fé em são Benedito, o pé no chão
Pra não perder o ritmo, a tradição
Batuca no repique o coração
2.
O rosário é o seguinte, viu, meu filho?
Senta junto da preta que eu te explico
Faz de conta que os dedos são o bico
da galinha ciscando atrás de milho
Junta um depois o outro e forma o trilho
do caminho pra reza a Benedito
3.
Seja bem-vindo à nossa brincadeira
A batucada aqui é bem modesta
O ritual começa na fogueira
O tambor é o senhor de toda a festa
4.
Os zóio do menino enxerga o fogo
Aprende dos segredos do tambor
Viaja pelo mar pra Angola e Congo
Na ponta da flecha de caçador
O povo se junta em volta da roda
Atiça a fogueira da tradição
Chega o menino e ouve tudo as moda
E canta e bate palma e treme o chão
Menino Dito chama para a luta
O povo se levanta pra dançá
São Benedito benze essa disputa
E o Batuque renasce no congá ___________________________________________
(*) Lucas Carrasco trabalha com projetos editoriais. Como autor, ganhou em 2006 o prêmio PAC,
da Sec. de Estado Cultura SP, com o livro infantil "Pindá, a Menina-Abelha - Realejos do Mar",
sobre cultura caiçara. Como editor, participou do songbook "PretoBrás", livro de partituras do
músico Itamar Assumpção, premiado pela APCA em 2007.

domingo, 9 de outubro de 2011

Vamos aprender um pouquinho de mubundo

Meses do ano/Olosãi vi ulima
Cada mês corresponde a um fato regional.
Susu – janeiro: (de susulûha, tirar parte do que havia). Época em
que se conta com o armazenado, e não com os produtos do
campo, que ainda não estão maduros.
Kayovo – fevereiro: (pequeno salvador). O feijão dos altos e
milho das baixas vêm mitigar a fome.
Elombo – março: Época com muita lama das chuvas, e também
mês em que se iniciam as colheitas.
Kupupu – abril: (de pupula, bater) Mês em que se “bate o feijão”
colhido em março.
Kupemba – maio: (de okupemba, espirrar) Despedidas das
chuvas.
Kavambi – junho: (de ombambi, frio) mês em que se começa o
frio.
Vambi inene – julho: mês de muito frio, podendo ocorrer geada
pela manhã.
Kanhenhe – agosto: em quinze de agosto, o anúncio das chuvas
e o começo da primavera.
Nhenhe-vava – setembro: mês de chuviscos e calor forte.
Mbala-vipembe – outubro: dor dos campos baldios, preparação
das sementeiras.
Kuvala kuapupulu – novembro: (de Okuvala, doer e Kuapupulu,
mosquito) mês em que o número de mosquitos aumentam devido
a umidade.
Cemba-nima – dezembro: nega-se a recompensa: com as
chuvas e o calor o capim dos campos atrofiam; Não se vê o
resultado do trabalho no campo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ginga, a Rainha Quilombola de Matamba e Angola


Nzinga Mbandi Ngola, rainha de Matamba e Angola nos séculos XVI-XVII (1587-1663), foi uma das mulheres e heroínas africanas cuja memória mais tem desafiado o processo diluidor da amnésia, dando origem a um imaginário cultural na diáspora tal como no folclore brasileiro com o nome de Ginga; despertou o interesse dos iluministas como a criação de um romance inspirado nos seus feitos (Castilhon, 1769) e citação na Histoire Universelle (1765); é cultuada como a heroína angolana das primeiras resistências pelos modernos movimentos nacionalistas de Angola; e tem despertado um crescente interesse dos historiadores e antropólogos para a compreensão daquele momento histórico que caracterizou a destreza política e de armas desta rainha africana na resisência à ocupação dos portugueses do território angolano e conseqüente tráfico de escravos.

Contemporânea de Zumbi dos Palmares, este outro herói afro-brasileiro (?-1695), ambos parecem compartilhar de um tempo e de um espaço comum de resistência: o quilombo.

Ao refletirmos sobre a rainha Nzinga Mbandi Ngola pensamos contribuir para a compreensão da inserção dos espaços políticos africanos na economia mercantil européia e das resistências criadas à sua dominação.

Um grande número de reinos africanos da costa ocidental e central do continente possuía uma concepção de organização político-espacial semelhante. Suas economias, antes da presença européia, estabeleciam-se em função de uma relação complementar com os espaços do hinterland através de comércio a longa distância. Desse modo, o poder centralizador desses reinos situava-se não no litoral mas no interior, com o fim de melhor controlar as rotas comerciais. Normalmente o litoral constituía-se como espaço de produção de sal, peixe seco ou outros produtos necessários ao interior.

Quilombo Etípiope Ocidental, gravura de 1732

As transformações que emergem no seio dessas sociedades, em termos do poder político, surgem por interveniências de elementos exógenos, neste caso, os traficantes europeus, e identificam-se na deslocação do poder político de linhagens detentoras tradicionais desse poder para linhagens "novas". Estamos pensando no contato sucessivo que os chefes tradicionais do litoral entabulavam com os navegantes que procuravam estabelecer um comércio efetivo com os povos da costa ocidental africana.

Esta dualidade do poder espacial podemos encontrar no reino do Dahomey (K. Polanyi, 1966), no Loango, (Philippe Rey, 1971), no Ngoyo (Serrano, 1983), no Congo (Pirenne, 1959). Em todos eles o tráfico de mercadorias e escravos era tributado e controlado por representantes do poder central.

Os traficantes portugueses tentam estabelecer portos de tráfico no litoral angolano para a comercialização e captura direta de escravos no litoral. Em 1578, Paulo Dias de Novais funda a cidade fortificada de São Paulo de Assumpção de Luanda que se tornará a futura capital de Angola em território mbundu. Era rei dos mbundus no território ndongo (Angola) e Matamba, Ngola Kiluanji, pai de Nzinga Mbandi Ngola, que nasce em Cabassa, interior de Matamba, em 1581.

Ngola Kiluanji resiste à ocupação portuguesa até a sua morte. No entanto, uma parte do território é tomada, constituindo o primeiro espaço colonial na região. O rei Kiluanji refugia-se em Cabassa, no interior de Matamba, e consegue reter o avanço dos portugueses. Após a morte de Kiluanji sucede seu filho Ngola Mbandi, meio irmão de Nzinga.

Os portugueses há algum tempo traficando com os jagas do litoral, guerreiros vindos do leste, também conhecidos por imbangalas, estão agora impedidos de fazê-lo, pois a rota para o interior é controlada pelo Ngola Mbandi. Este envia sua irmã Nzinga a Luanda para negociar com os portugueses. Recebida em Luanda com grande pompa pelo governador geral ela negocia sem ceder algum território e pede a devolução de territórios que obtém pela sua conversão política ao cristianismo, recebendo o nome de Dona Anna de Sousa. Mais tarde suas irmãs Cambi e Fungi também se convertem, passando a se chamar Dona Bárbara e Dona Garcia respectivamente.

Os portugueses, no desejo de estabelecerem o comércio com o jaga de Cassanje no interior, não respeitam o tratado de paz. A rebelião de alguns sobas (chefes), que se aliam ao jaga de Cassange e aos portugueses, cria uma situação de desordem no reino de Ngola.

Nzinga, ao encontrar um dos sobas, seu tio, que se dirigia a Luanda para se submeter aos portugueses, manda decapitá-lo, e dando conta da hesitação de seu irmão manda envenená-lo abrindo assim caminho ao poder e ao comando da resistência à ocupação das terras de Ngola e Matamba.
Os portugueses elegem um chefe mbundu, Aiidi Kiluanji (Kiluanji II), como novo Ngola das terras do Ndongo.

Nzinga, não conseguindo a paz com os portugueses em troca de seu reconhecimento como rainha de Matamba, renega a fé católica e se alia aos guerreiros jagas de Oeste se fazendo iniciar nos ritos da máquina de guerra que constituía o quilombo.

O quilombo e o rito de passagem

Máscara que representa o espírito de uma
defunta, em Punu, Gabão

Para melhor compreender este rito de iniciação deste grupo guerreiro, os jagas, será melhor dar a palavra a uma testemunha ocular da época, que a descreve com minúcias:

"A cerimônia de receber os meninos no quilombo pratica-se ainda hoje com solenidade, e eu, que a presenciei muitas vezes, posso descrevê-la exatamente.

Quando o chefe do quilombo, que é ordinariamente o comandante militar, quer conceder este privilégio, determina o dia da função. No intervalo de tempo precedente à data, os pais, que são sempre numerosos, suplicam insistentemente a concessão desta graça, persuadidos de que seus filhinhos, antes da admissão, são abominados pela autora da lei, e só depois de purificados serão benzidos por ela. O dia é de grande festa, com o concurso de muitos homens armados e enfeitados o melhor possível. Aparecem na praça em boa ordem e com muito decoro os cofres em que se conservam os ossos de algumas pessoas principais e que são guardados nas suas casas por pessoas qualificadas. Depois aparecem os cofres com os ossos dos antigos chefes do quilombo e de seus parentes. Todos são colocados sobre montões de terra, na presença do povo, rodeados por guardas e por uma multidão de tocadores e de dançadores, que festejam e honram os ossos daqueles falecidos. Por fim chega o comandante com a sua favorita, chamada tembanza, ou 'senhora da casa', ambos festejados pela música e pela comitiva dos seus familiares. Ambos untam os seus corpos e as suas armas e se sentam, ela à esquerda e ele à direita dos ditos cofres. Então, todos os presentes, divididos em grupos, fingem uma batalha, acometendo-se furiosamente. Acabada a batalha e as danças, que são bastante demoradas, até todos perderem o fôlego, saem, de algumas moitas predispostas, as mães que nelas estavam escondidas, com os meninos, e, mostrando-se muito preocupadas, com mil gestos vão ao encontro dos maridos, indicando-lhes o lugar em que cada menino está escondido. Então eles correm para lá com os arcos flechados e, descobrindo a criatura, tocam levemente nela com a seta, para demonstrar que não a consideram como filho, mas como preso de guerra, e que, portanto, a lei não fica violada. Depois, usando uma perna de galinha (nunca pude descobrir a razão disso), untam a criança com aquele ungüento no peito, nos lombos e no braço direito. Dessa maneira, os pequenos são julgados e purificados e podem ser introduzidos pelas mães no quilombo na noite seguinte" (Cavazzi, p. 182).

A versão que nos chega dos ritos antropofágicos dos jagas parece prender-se a uma falsa tradução da palavra que significaria retirá-las das famílias (linhagens) e não "comê-las" (Miller,1976).

Tal como a instituição das classes de idade, o quilombo é o que se denomina cross-cutting institutions' pois cortava transversalmente as estruturas de linhagem e estabelecia uma nova centralidade de poder, baseada sobretudo na máquina de guerra necessária para fazer guerra aos prováveis inimigos (Miller, p. 27).

Esse era um processo de recrutamento militar necessário a Nzinga para fazer face aos valores particularistas da estrutura de parentesco, ou pelo menos colocar uma inserção mínima (Balandier, 1969:78).

Em 1640, a rainha Nzinga e seus guerreiros atacam o forte Massangano, onde suas duas irmãs, Cambu e Fungi, são aprisionadas, sendo esta última executada. Aproveitando a ocupação temporária de Luanda pelos holandeses, recupera alguns territórios de Ngola com a adesão de alguns sobas (chefes). Salvador Correia de Sá y Benevides, general brasileiro, restaura a soberania portuguesa em Luanda e tenta restabelecer seu poder no interior.

Numa incursão do exército de Nzinga são aprisionados dois capuchinhos que a rainha aproveita para convencê-los de sua vontade de reconversão em troca do reconhecimento de sua soberania nos reinos de Ngola e Matamba e da libertação de sua irmã Cambu. O governador geral aceita libertar Cambu se Nzinga retificar um tratado limitando suas reivindicações a Matamba e renunciando aos territórios de Ngola, sendo o rio Lucala escolhido como fronteira. Este tratado, de 1656, só vai ser posto em prática depois da ameaça da rainha voltar à guerra. Só assim o governo de Luanda libera sua irmã Cambu, mesmo assim depois do pagamento de um resgate de mais de uma centena de escravos. Cambu tinha ficado retida em Luanda por cerca de dez anos.

Há uma paz relativa no reino de Matamba até a sua morte aos 82 anos em 17 de dezembro de 1663. Sucede a Nzinga sua irmã Cambu, continuadora da memória de sua irmã, a rainha quilombola de Matamba e Angola.

A resistência de Nzinga à ocupação colonial e ao tráfico de escravos no seu reino por cerca de quarenta anos, usando de várias táticas e estratégias que vão desde a conversão ao cristianismo até as práticas jagas, é fonte para a criação de um imaginário que se impôs como símbolo de luta contra a opressão. Memória de Ginga, memória de Zumbi.

*CARLOS M. H. SERRANO, Nascido em Cabinda - Angola, é Professor de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É vice-diretor do Centro de Estudos Africanos da USP, Autor dos livros "Os Senhores da Terra e os Homens do Mar"; "A Revolta dos Colonizados" (paradidático, com o prof. Kabengele Munanga); "Brava Gente do Timor" (com o prof. Maurício Waldman); e "Angola: Nasce Uma Nação"...

À memória de Beatriz do Nascimento, estudiosa dos quilombos e quilombola também.

BIBLIOGRAFIA

BALANDIER, Georges. Antropologia Política. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1969.
BIRMINGHAM, David. A Conquista Portuguesa de Angola. Lisboa, A Regra de Jogo, 1974.
CASTILHON, J.-L. Zingha, Reine D'Angola. Histoire Africaine. Bourges, Ganymede, 1993.
CAVAZZI, Pe. João Antonio (de Montecúccolo). Descrição Histórica dosTrês Reinos Congo, Matamba e Angola (1687). Lisboa, Edição da Junta de Investigações do Ultramar, 1965, 2 volumes.
MILLER, Joseph C. "Nzinga of Matamba in a New Perspective", in Journal of African History, XVI 2 (1975), pp. 201-16.
---. Kings and Kinsmen, Early Mbundu States in Angola. Oxford, Clarendon Press,1976.
SERRANO, Carlos. "História e Antropologia na Pesquisa do mesmo Espaço: a Afro-América", in África: Revista do Centro de Estudos Africanos da USP, 5, 1982, pp. 124-8.
---. Os Senhores da Terra e os Homens do Mar: Antropologia Política de um Reino Africano. FFLCH-USP, 1983.
SOROMENHO, Castro. "Portrait: Jinga, Reine de Ngola et de Matamba", in Presence Africaine, 3e. trimestre 1962, pp. 47-53.

Nem todas as crianças do mundo têm seus direitos respeitados. Veja qual é a regra e quanta coisa triste acontece, que não vale







O que vale e o que não vale


A regra
Toda criança tem direito à vida.

Isto não vale
A cada ano, nascem, no mundo todo, 135 milhões de crianças. Mas quase 10 milhões morrem antes de completar 5 anos de idade. Isso é o mesmo que toda a população da cidade de São Paulo, juntando adultos e crianças.

A regra
Para viver, toda criança precisa comer bem.

Isto não vale
Metade das mortes de crianças com menos de 5 anos é provocada ou agravada pela subnutrição. Isso significa que 5 milhões de crianças morrem a cada ano de fome ou porque não se alimentam direito e acabam ficando doentes. Esse número equivale a duas vezes toda a gente que mora no Distrito Federal.

A regra
Toda criança deve crescer com saúde.

Isto não vale
Algumas das doenças que mais matam crianças são a pneumonia, a malária e a aids. A cada ano, 530 mil crianças contraem o HIV, vírus que provoca a aids. São mais de cinco estádios do Maracanã lotados de torcedores. Só nos países que ficam ao sul do deserto do Saara, na África, 2 milhões de crianças com menos de 14 anos vivem com HIV.

A regra
Toda criança deve crescer num ambiente limpo e saudável.

Isto não vale
Muitas famílias bebem água contaminada e moram em casas sem rede de esgoto. Nos países em desenvolvimento, uma a cada cinco pessoas não tem água limpa e apenas metade da população tem esgoto.

A regra
Toda criança deve ser protegida da violência e da crueldade.

Isto não vale
A violência contra a criança não acontece apenas nas regiões que estão em guerra. Crianças do mundo todo sofrem também com a violência dentro de casa. Em vários países pobres da África e em alguns da Ásia, nove a cada dez crianças com idade entre 2 e 14 anos apanham, recebem castigos cruéis ou são torturadas pelos pais.

A regra
Toda criança precisa ter uma escola para estudar.

Isto não vale
Algumas crianças não vão à escola. Outras começam a estudar, mas logo são tiradas da escola para trabalhar e ajudar em casa. No mundo todo, duas a cada dez crianças que deveriam estar nos primeiros anos de estudo estão fora da escola.

A regra
Toda criança deve brincar. Nenhuma deve trabalhar.

Isto não vale
Nos países mais pobres, quase um terço das crianças trabalha como gente grande, para ajudar a família. Com isso, elas não vão à escola ou não têm tempo de brincar. E brincar é fundamental.
Fonte: Situação Mundial da Infância 2008, UNICEF

Volta à página com detalhes sobre os direitos da criança no mundo Mais informações sobre os direitos da criança no mundo.

Fonte Unicef kids

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hino do Rio Grande do Sul

Composição: Francisco Pinto da Fontoura / Joaquim José de Mendanha

Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade


Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra


De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra


Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo


Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra


De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra




















A Semana Farroupilha é um evento festivo do estado do Rio Grande do Sul, que se inicia a 14 de setembro a 20 de setembro com desfiles em homenagem a líderes da Revolução Farroupilha. O evento lembra o começo da Revolução Farroupilha, a maior revolução do Brasil que durou 10 anos e tinha como idéia a separação do Rio Grande do Sul do Brasil. Mas ainda hoje ativistas Sulistas tem idéias da separação do estado do Brasil.
O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localizado na Região Sul, possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul, e a Argentina a oeste, sua capital é o município de Porto Alegre.


É o estado mais meridional do país, conta com o quarto maior PIB - superado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso e o quinto índice de desenvolvimento humano (IDH) mais elevado.


O estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra civil do país. Sua população é em grande parte formada por descendentes de alemães, italianos e poloneses. Em pequena parte por indígenas, portugueses, açorianos, espanhóis, africanos e franceses, dentre outros imigrantes.


Em certas regiões do estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda é possível ouvir dialetos da língua italiana (talian) e do alemão (Hunsrückisch, Plattdeutsch).


Esse estado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na pecuária bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o século XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte do Estado.
Como boa gaucha que sou,vou postar algumas atividades retirados do site "Alfabetizando e Educando com a Turma da Monica" e da Prof. Ananda para trabalhar a semana Farroupilha na sala de aula.

Primeira presidente negra do mundo


Biografia: Ellen Johnson-Sirleaf, da Libéria "Dama de Ferro"
Por Alistair Boddy-Evans , About.com Guia
Veja mais sobre:
• biografia do líder africano
• Ellen Johnson-Sirleaf
• independência da Libéria
Imagem © Claire Soares / IRIN
Data de nascimento: 29 de outubro de 1938, Monrovia, Libéria.
Ellen Johnson nasceu em Monróvia, capital da Libéria, entre os descendentes dos colonos originais da Libéria (ex-Africano escravos da América, que prontamente à chegada começou a escravizar o povo indígena que usava o sistema social de seus antigos mestres americanos como base para sua nova sociedade). Estes descendentes são conhecidos na Libéria comoAmérico-liberianos.
Causas do conflito civil da Libéria
As desigualdades sociais entre indígenas e os liberianos Américo-liberianos levou a maior parte da luta política e social no país, como liderança saltou entre ditadores representando grupos opostos (Samuel Doe substituindo William Tolbert, Charles Taylor substituindo Samuel Doe). Ellen Johnson-Sirleaf rejeita a sugestão de que ela é um dos elite: "Se existe uma classe, tem sido destruída ao longo dos últimos anos de casamentos e integração social."
Ganhando uma Educação
De 1948-55 Ellen Johnson estudou contabilidade e economia na Faculdade de África Ocidental, em Monróvia. Após o casamento com a idade de 17 a James Sirleaf, ela viajou para a América (em 1961) e continuou seus estudos, alcançando um grau da Universidade de Colorado. De 1969-71 leu Economia em Harvard, ganhando um mestrado em administração pública. Ellen Johnson-Sirleaf, em seguida, voltou à Libéria e começou a trabalhar no governo de William Tolbert (True Whig Party).
A Iniciar em Política
Ellen Johnson-Sirleaf serviu como Ministro das Finanças 1972-73, mas saiu depois de um desacordo sobre os gastos públicos. Como a 70 progrediu, a vida sob o Estado da Libéria, um partido, tornou-se mais polarizada - para o benefício da elite Américo-liberiano. Em 12 de abril de 1980 o sargento Samuel Doe Kayon, um membro do grupo étnico indígena Krahn, tomou o poder em um golpe militar e Presidente William Tolbert foi executado junto com vários membros de seu gabinete por um pelotão de fuzilamento.
Vida sob Samuel Doe
Com o Conselho do Povo Redenção agora no poder, Samuel Doe começou um expurgo do governo. Ellen Johnson-Sirleaf escapou por pouco - escolhendo o exílio no Quênia. De 1983-85 atuou como diretor do Citibank, em Nairobi, mas quando Samuel Doe declarou-se presidente da República em 1984 e banido os partidos políticos, ela decidiu voltar. Durante eleições de 1985 Ellen Johnson-Sirleaf campanha contra Doe, e foi colocado sob prisão domiciliar.
A vida de um economista no Exílio
Condenado a dez anos de prisão, Ellen Johnson-Sirleaf passou pouco tempo preso, antes de serem autorizados a deixar o país mais uma vez como um exilado. Durante a década de 1980 atuou como Vice-Presidente de ambos o Escritório Regional Africano da Citibank, em Nairobi, e de (HSCB) Equator Bank, em Washington. Voltar na Libéria agitação civil eclodiu mais uma vez. Em 09 de setembro de 1990, Samuel Doe foi morto por um grupo dissidente da Frente Nacional Patriótica de Charles Taylor da Libéria.
Um Novo Regime
De 1992-97 Ellen Johnson-Sirleaf trabalhou como administrador adjunto, e, em seguida, Diretor, da Secretaria do Programa de Desenvolvimento Regional das Nações Unidas para África (essencialmente um Subsecretário-Geral das Nações Unidas). Enquanto isso, na Libéria, um governo interino foi colocado no poder, liderado por uma sucessão de quatro não-eleitos (o último dos quais, Ruth Perry Sando, foi o primeiro líder da África do feminino).Em 1996 a presença de forças de paz Oeste Africano criou uma trégua na guerra civil, e eleições foram realizadas.
A primeira tentativa da Presidência
Ellen Johnson-Sirleaf voltou à Libéria em 1997 para disputar a eleição. Ela ficou em segundo lugar a Charles Taylor (ganhando 10% dos votos em relação ao seu 75%) fora de um campo de 14 candidatos. A eleição foi declarada livre e justa por observadores internacionais. (Johnson-Sirleaf campanha contra Taylor e foi acusado de traição.) Em 1999 a guerra civil havia retornado para a Libéria, e Taylor foi acusado de interferir com seus vizinhos, fomentando a agitação ea rebelião.
Uma Nova Esperança da Libéria
Em 11 de agosto de 2003, depois de muita persuasão, Charles Taylor entregou o poder ao longo de seu vice Moses Blah. O novo governo interino e os grupos rebeldes assinaram um histórico acordo de paz e definir sobre a instalação de um novo chefe de Estado. Ellen Johnson-Sirleaf foi proposto como um possível candidato, mas no final os diversos grupos selecionados Charles Gyude Bryant, uma política neutra. Johnson-Sirleaf serviu como chefe da Comissão de Reforma da Governação.
Eleição da Libéria 2005
Ellen Johnson-Sirleaf desempenhou um papel ativo no governo de transição como o país preparado para as eleições de 2005 e, finalmente, ficou para o presidente contra o seu rival o futebolista ex-internacional, George Weah Manneh. Apesar de as eleições serem chamados justa e ordenada, Weah repudiou o resultado, que deu uma maioria para Johnson-Sirleaf, eo anúncio do novo presidente da Libéria foi adiado, enquanto se aguarda uma investigação. Em 23 de novembro de 2005, Ellen Johnson-Sirleaf foi declarado vencedor das eleições na Libéria e confirmado como próximo presidente do país. Sua inauguração, que contou com os gostos dos EUA a primeira-dama Laura Bush ea secretária de Estado Condoleezza Rice, teve lugar na segunda-feira 16 janeiro de 2006.

Ellen Johnson-Sirleaf, a mãe divorciada de quatro meninos e avó de seis crianças é eleito presidente da Libéria, primeira mulher, bem como o líder eleito a primeira mulher no continente.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte na turma de J A

Faixa etaria
Turma do J A
Tema
Festa junina

Trabalhar as formas geometricas e cores a partir da confecção de materiais para festa de São João utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, a partir de seu próprio repertório a partir do:ponto, linha, forma, cor, espaço, textura

O que pretendo:

Explora as possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico na educação infantil.

E que a criança possa organizar e cuidar dos materiais e do espaço físico da sala.
respeitando e cuidando dos objetos produzidos individualmente e em grupo.

Incentivar nos alunos o gosto pelas festas juninas, oferecendo-lhes oportunidade de descontração, socialização e ampliação de seu conhecimento através de atividades diversificadas, brincadeiras, pesquisa e apresentações características à festa junina.

Como fazer

Confecção de diversas fogueiras;
- Pintura e recorte de uma caipira de tranças
- Sessão cinema com pipocas- Filme Chico Bento;
- Retomada do filme na rodinha e desenhos sobre o mesmo;
- Pintura desenho e recorte de um boneco grande;
- Montagem do boneco grande;
- Confecção das bandeirinhas
- Confecção de balões para ornamentar a festa;
- Pescaria das cores;
- Desfile caracterizado de caipira entre duas turmas;
- Festa Junina

Fiz com minha turma e foi muito legal

terça-feira, 7 de junho de 2011

Na hora do conto

Bruna e a Galinha D’angola


Gercilda de Almeida

Bruna era uma menina que se sentia muito sozinha. Sua avó veio da África e sempre lhe contava histórias. Uma que ela gostava muito era a do panô da galinha que sua avó trouxera da África. “Conta a lenda de uma aldeia africana que Ósún era uma menina que se sentia só e para lhe fazer companhia resolveu criar o que ela chamava de " o seu povo”. Foi assim que surgiu Conquém, a galinha d’Angola.Bruna então pediu a seu tio que era um bom oleiro, que lhe ensinasse a trabalhar com barro. Bruna então modelou na argila a galinha d’Angola e passou a brincar com ela.No dia de seu aniversário, sua avó lhe deu uma galinha d’Angola de verdade que andava e gritava:_ Conquém! Conquém!As outras crianças da aldeia que não brincavam com Bruna foram se aproximando dela e pedindo para brincar com a Conquém, aí Bruna arranjou muitas amigas e fizeram muitas galinhas de barro iguais a Conquém.Um dia as crianças acharam no baú da avó de Bruna um panô que contava a lenda africana dos animais que ajudaram a Conquém na criação do mundo e de seu povo. Conquém espalhou as sementes na terra, o lagarto desceu para ver se a terra era firma e o pombo foi avisar aos outros animais que podiam vir povoar aquele lugar.Bruna e suas amigas ficaram muito conhecidas, porque todos da aldeia se juntavam para ouvirem a história do panô.Sua avó resolveu ensinar as meninas a pintarem tecidos, como os que ela fazia na África, isso fez com que a aldeia ficasse conhecida.Foi assim que todas as pessoas da aldeia de Bruna decidiram torná-la mais bonita e pintaram suas casas com as cores dos panôs da galinha d’Angola.Um dia a Conquém sumiu e todas as meninas saíram a sua procura chamando:_ Conquém, onde você está?Com quem nós vamos brincar?Tanto procuraram que a acharam escondida no mato. As meninas encontraram um ninho com um belo ovo que ela protegia e chocava.Tempos depois, cada menina da aldeia tinha sua galinha d’Angola e até hoje o povo daquela aldeia conta a história de Bruna e da galinha d’Angola para aqueles que compram os belos tecidos pintados pelas meninas.

*Como recursos podemos utilizar aqueles bonequinhos étnicos guardados lá no fundo da caixa ou confecciona-los com as crianças.Eles irão adorar
Ser Negro

Gutto

P'ra quem não sabia e pretende saber
Ser negro não é ser bom no futebol
Nem saber correr
Não é cantar no coro e gostar de qualquer mulher
Não é ser preguiçoso e só querer beber

São séculos de luta contra a mentalização
Lavagens cerebrais e constantes exploração
É nascer em Africa e Africa não conhecer
É desde novo ouvir que africanos estão a morrer
É crescer mal vestido e mal alimentado
É ouvir histórias do passado e sentir-se revoltado

É o seu melhor amigo ser branco e os pais não concordarem
É ver os seus pais chorarem por não aguentarem
A frustração de não conseguirem um emprego melhor
A ilusão de ver o seu filho formar-se e ser doutor
É não ter para a comida quanto mais para as propinas
É fazer grandes festas de Natal com prendas pequeninas

P'ra quem não sabia e pretende perceber
Deixa faze-los entender que ser negro é ser assim
É esforçar-se o dobro para ter a mesmas oportunidade
É ver a vida da rua como uma necessidade
É não ter dinheiro para ir para a faculdade
É ser ensinado que não se tem capacidade

Ser negro é ser esperto mas não ser inteligente
É levar de todos os lados mas mesmo assim seguir em frente
É trocar o seu orgulho pela sobrevivência
Para não ter o destino dos índios á beira da inexistência
É ter trabalho nas obras McDonald's e pouco mais
No fundo é sermos homens mas tratados como animais
É ser o boto expiatório de todas a frustrações
É ser o mau da fita em todas as televisões
É ser o contrario de puro e de bom ou de imaculado

É sermos livres sem nunca ser alforriados
É ter a casa de madeira em vez de ser de palha
É chegar a conclusão que o gueto e só mais uma sanzala
Ser negro é ser o bandido, coitado, esfomeado
É ser importado, explorado e depois extraditado
É fugir da sua pátria porque esta está em guerra
É todos os dias ouvir "Preto vai p'ra tua terra"
É ter o diploma mas não ter o perfil adequado
É ir a entrevista de emprego mas o lugar já esta ocupado
É entrar numa loja e ser olhado de lado
É ser catalogado e estereotipado

Mas apesar de tudo isto
Ser negro é ser sobrevivente
Saber viver a vida, saber ser diferente
É ter música no corpo e alegria na alma
Voltar as suas raízes quando a natureza chama

Ser ou não ser eis a questão
Ser negro é ser no corpo mas também no coração
É ser contente e sofredor sempre até ao fim
E para quem não sabia ser negro e ser assim
Não é ser perfeito, não é ser mau ou leviano
A verdade é que ser negro é ser apenas um ser humano

Se não sabias ficas a saber
Ser negro é ser assim
Sol brilha p'ra toda gente
P'ra toda gente
O sol brilha para toda gente
Tu sabes muito bem que ser negro é ser assim


Como podemos trabalhar estes versos com nossos alunos

*Cultura
*Relações de trabalho/poder
*Genêro/Etnia
*Indiferença
*Racismo/Auto estima
*Empoderamento
Aceito mais sugestões

Bom trabalho

Postagens populares

Vamos




Sou filha de oxum

Sou filha de oxum

Vamos cuidar do nosso planeta

Vamos cuidar do nosso planeta