quinta-feira, 12 de maio de 2011

Leiam com atenção


Diário Liberdade - O “estupro corretivo”, uma prática horrenda de estuprar lésbicas para “curar” a sua sexualidade, se tornou uma crise na África do Sul, especialmente nas cidades.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

A maioria das vítimas são torturadas, severamente atacadas e as vezes assassinadas! Elas ainda ficam expostas ao HIV/AIDS por causa do ataque e muitas cometem suicídio como resultado do "estupro corretivo".

O governo da África do Sul e o sistema judiciário falham com as vítimas do Estupro Corretivo ao permitirem que os estupradores recebam penas ridiculamente baixas e ao demorarem literalmente anos para concluírem os julgamentos. Durante esse tempo as vítimas são obrigadas a viver, ver e sofrer ameaças dos seus estupradores todos os dias, assim como aqueles que ajudam as vítimas!

Nos últimos 10 anos:
* 31 lésbicas foram assassinadas por causa de sua sexualidade [na África do Sul];
* mais de 10 lésbicas são estupradas por semana somente em Cape Town;
* 150 mulheres são estupradas todos os dias na África do Sul;
* de 25 homens acusados de estupro na África do Sul, 24 saem livres de punição.

A despeito disso tudo, crimes de ódio baseados na orientação sexual não são reconhecidos pela lei da África do Sul!

Millicent Gaika (foto acima) foi atada, estrangulada e estuprada repetidamente durante um ataque no ano passado. Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140.000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.
Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir: criaram um acampanha para demandar que o Presidente Zuma e o Ministro da Justiça condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizem crimes de preconceito e liderem uma guinada crucial contra o estupro e homofobia no país (302,211 pessoas já assinaram a petição):

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl.

Trata-se de uma batalha contra a pobreza, o machismo e a homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

No Brasil estão-se a coletar provas da existência de comunidades que defendem esta prática.

Esta matéria foi retirado do Jornal Diário Liberdade

Um comentário:

Anônimo disse...

Absurdo!
Emily

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